Depois da repercussão ocorrida na posse na Câmara de Vereadores, na posse de 01 de janeiro, quando cinco parlamentares do PSOL, PT e PCdoB protestaram contra o hino do Rio Grande do Sul, o assunto chega a um novo momento.
Em fevereiro, pode ser protocolado na Assembleia Legislativa um projeto do deputado Luiz Fernando Mainardi (PT) apresentando a mudança do texto que apresenta “povo que não tem virtude acaba por ser escravo”.
Após publicação de texto na imprensa da capital, no jornal Zero Hora, o deputado lançou em sua página na rede social: Um debate imprescindível, uma mudança necessária. O combate ao racismo e reparações práticas, mas também simbólicas são um imperativo moral para a nossa época”.
Confira a letra do Hino Rio-Grandense:
Como a aurora precursora
Do farol da divindade
Foi o 20 de Setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
Mas não basta, pra ser livre
Ser forte, aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo
Mostremos valor, constância
Nesta ímpia e injusta guerra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
De modelo a toda Terra
Sirvam nossas façanhas
De modelo a toda Terra
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A ASSESSORIA DO DEPUTADO LUIZ FERNANDO MAINARDI FOI PROCURADA PELO DEPARTAMENTO DE JORNALISMO. FOI ANUNCIADO QUE ELE NÃO IRÁ SE MANIFESTAR SOBRE O ASSUNTO. MESMO ASSIM, FOI REPASSADA A ÍNTEGRA DO PROJETO, QUE ESTÁ SENDO ANALISADO, E PODERÁ SER PROTOCOLADO.
ACOMPANHE:
PROJETO DE LEI Nº
Deputado Luiz Fernando Mainardi
Altera o artigo 7º da Lei nº 5.213 de 5 de janeiro de 1966 e seu Anexo nº 3, que dispõe sobre o Hino Rio-Grandense e dá outras providências.
Art. 1º. O artigo 7º da Lei nº 5.213, de 5 de janeiro de 1966, passa a vigorar com a seguinte redação:
“Art. 7º. O Hino é o que se compõe da música de Joaquim José de Mendanha, com harmonização de Antônio Côrte Real e orquestração do mesmo para piano, orquestra e banda (Anexo nº 2), com versos de Francisco Pinto da Fontoura, estes de forma abreviada, consagrada pelo uso popular: a primeira e a última estrofes do poema original com o estribilho e retificação de contexto histórico da última linha da última estrofe (Anexo nº 3)”.
Art. 2º. A nova redação da última estrofe do Hino Rio-Grandense, no Anexo 3 da lei nº 5.213, de 5 de janeiro de 1966, passa a ser a seguinte:
“Mas não basta para ser livre,
ser forte aguerrido e bravo.
Povo que é lança e virtude
a clava quer ver escravo”.
Via RD Planalto
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